sexta-feira, 12 de outubro de 2012

POLÍTICA DE MORADIA OU ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA: só ricos têm direito de morar no perímetro urbano da Maior Cidade da América do Latina?


Em meio a região emergente, a sub-prefeitura de Pinheiros desocupa a favela, na esquina da Rua Araçaiba com a Avenida Jornalista Roberto Marinho. O terreno ocupado pela favela Jardim Edite fazia parte da Operação Urbana Água Espraiada, e estva em área de Zona Especial de Interesse Social (ZEIS 1), o que obriga a Prefeitura a criar projetos de habitação no local ou na região para acomodar os moradores. Ano de 2009.
Clique aqui  se quiser baixar o Plano Diretor da Cidade de São Paulo


Modelo de um Auto de Intimação entregue  pela prefeitura  para desocupação das casas de 35 famílias, que, há 18 anos,  moram  em um terreno público no Jardim Morganti, em Itaquera. 
FACEBOOK


Complexo Viário Real Parque – Ponte sobre o Rio Pinheiros na valorizada 
região da zona sul : para onde foram as pessoas que moravam aqui?




Título: Parceiros da exclusão
Autor(a): Mariana Fix
Prefácio: Ermínia Maricato
Páginas: 256
Ano de publicação: 2001

Kassab promove política habitacional de exclusão em São Paulo, diz especialista



Publicado em 01/03/2012

São Paulo – A política de desenvolvimento urbano e habitacional em vigor na capital paulista tem ares de excelência, mas na prática prima pela "exceção", analisa Mariana Fix, pesquisadora do Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). A avaliação foi feita durante lançamento do livro "O enigma do capital e as crises do capitalismo", do geógrafo britânico David Harvey, na noite da segunda-feira (28), em São Paulo.
"As duas principais operações urbanas, a Faria Lima e a Água Espraiada, representam frentes de expansão do capital imobiliário", enfatizou Mariana, que é autora de "Parceiros da exclusão" e "São Paulo cidade global".

Para a pesquisadora, a gestão de Gilberto Kassab (PSD) concebeu e colocou em prática projetos urbanísticos suntuosos, mas socialmente excludentes. Operações urbanas em andamento, que envolvem obras bilionárias, e a utilização do intrumento de concessão urbanística, que está levando à privatização de um bairro inteiro da cidade, revelam interesses do mercado imobiliário como pano de fundo de grandes obras que foram apresentadas como necessidades sociais, abordou Mariana.

"Na operação Água Espraiada foi lançado um mecanismo jurídico de parceria público-privada alegando-se não haver recursos para resolver carências urbanas. O que houve de fato foi uma injeção brutal de recursos públicos concentrados naquela região da cidade. O que o instrumento fez foi justificar intervenções que não eram prioritárias afirmando que teriam custo zero", apontou.

"ENTRE RIOS" - a urbanização de São Paulo

Um excelente documentário sobre a urbanização de São Paulo, com um enfoque geográfico-histórico, permeando também questões sobre meio ambiente, política. Produzido pelo coletivo Santa Madeira: http://vimeo.com/user2460823